quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Sumo feminino muda de nome

Até o ano passado o sumo feminino era conhecido internacionalmente como "Shinzumo", que significa, ao pé da letra, "novo Sumo". Foi decidido, entretanto, durante as reuniões ocorridas durante os Campeonatos Mundiais na Tailândia, que à partir de então será chamado "Joshizumo", que significa "sumo para garotas".

Parece uma troca boba, que nem mereceria destaque, já que em nada altera na prática, mas em se tratando do Sumo, ganha proporções importantes.

Explico.

O Sumo é um esporte tradicionalmente praticado por homens, sendo que até hoje algumas práticas (para algumas pessoas, atos machistas - não vou entrar nesse mérito, pois não tenho o interesse de militar por nenhum tipo de "ismo", seja ele machismo, feminismo, comunismo, capitalismo etc.) que impedem a participação feminina estão presentes, principalmente no Oozumo. É o caso, por exemplo, de proibir-se que a mulher suba no dohyo; de tocar no mawashi do lutador; etc.

Foi notório quando impediram que uma pessoa pública importante (se não me falha a memória, a prefeita da cidade de Osaka) subisse no dohyo para entregar um troféu ao campeão, durante a cerimônia de encerramento do torneio profissional. Ela precisou nomear um representante masculino para entregar o prêmio.

Em 2007 aconteceu um fato interessante que estampou páginas de jornais no Japão, mas que em qualquer outro lugar do mundo não mereceria destaque: Uma mulher invadiu o dohyo. Não, ela não estava pelada, como nos campeonatos de tênis ou futebol, em que já tornou-se comum invadirem o campo. Estava de calça jeans e uma camiseta verde. Mas é que era uma mulher.

Bom, mas tudo isso é para dizer que a mudança de nome é o atestado do grande avanço na popularização do Sumo feminino.

Os japoneses colocaram o nome de "shinzumo" provavelmente por conta do medo do impacto que o nome "joshizumo" poderia trazer. Era melhor falar que tratava-se de um "novo Sumo" do que dizer que era o "Sumo praticado por garotas". Num cenário dominado por homens, é fácil chegar a essa conclusão.

Passados quase dez anos desde que as primeiras mulheres ingressaram nos dohyo mundo afora, pode-se dizer que finalmente firmaram seu espaço no mundo do Sumo amador, derrubando mitos e preconceitos.

Abraços!

2 comentários:

Luciana disse...

Viva as mulheres!!!
Outra noticia muito interessante, já vista por todos, é que na equipe da Nova Central e também do Paraná,há mais mulheres que homens, e na verdade está dificil é conseguir homens que comecem a praticar sumô!!!
Daqui a algum tempo as equipes femininas tambem vão precisar ter cinco integrantes!rs...
Homens tomem cuidado!
Bjao

TAKA disse...

Ha!