Nesta postagem vou homenagear o Sr. Alberto Nakayama, que é um dos principais (se não O PRINCIPAL) responsável pela ida do atleta Everton Murakami para o mundial desse ano. O atleta em questão era reserva da Seleção e conquistara a vaga por conta da desistência do atleta do Pará; vive se metendo em encrencas; tem modos nada exemplares; com 17 anos, havia acabado de se tornar pai; e, para piorar a situação, não tinha CPF, Título de Eleitor ou passaporte.
E é aí que entra o Sr. Nakayama em cena. Um dos mais antigos colaboradores da equipe de São Paulo, fez vista grossa a todos os defeitos desse atleta que, para ser sincero, havia esgotado a paciência de algumas pessoas (inclui-se a mim nessa lista); e, por amor ao esporte, propôs-se a ajudá-lo com relação à sua documentação, propondo-se a até mesmo suprir financeiramente os encargos para a regularização.
E nisso tudo, ele nos deu uma lição de moral. Quando fui agradecê-lo pelo que tinha feito pelo atleta, ele disse de prontidão:
"Não fiz mais que minha obrigação! Precisamos ajudar a quem precisa! Somos um time ou não somos?"
Diante da resposta tão pronta, só me restava baixar a cabeça. Tem horas que a voz da sabedoria vem como um trovão...
Cheguei à conclusão que precisamos agir por compaixão, ignorando, muitas vezes, até mesmo o desrespeito, o insulto, a falta de educação, a insolência ou a falta de gratidão.
Vivemos e aprendemos, heim...
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